Sensação de opressão me persegue desde o final de Lost.
De todas as pessoas que conheço que acompanham Lost, só eu e Nelson chegamos ao mesmo entendimento e nos demos por satisfeitos com o modo que tudo se encerrou.
Poxa, pra mim fez todo sentido esse final, afinal, no meu entendimento, eles mostraram que na verdade todas as pessoas que surgiram na ilha já eram pessoas mortas (exceto Jacob e o Homem de Preto – que eram a constante luta do bem contra o mal). Algo como uma espécie de purgatório. Sim, pra mim todos do Oceanic morreram no acidente do avião, aquele do primeiro capítulo.
Pra mim, tudo o que aconteceu na ilha, desde o projeto Dharma, o entra e sai da ilha, os 6 da Oceanic, etc... Enfim, tudo. Absolutamente tudo o que aconteceu na ilha nada mais era que uma maneira que a Ilha (ou purgatório, como preferirem) criou para que cada pessoa alcançasse seu engrandecimento espiritual até conseguirem a liberdade e passarem para um nível superior (ou céu, como queiram), conforme foi apresentado no último capítulo.
Mas e Os Outros? Sim, acho que todos que estiveram na ilha, a qualquer tempo, já chegaram lá mortos, apesar de nem desconfiarem disso, e que levavam uma vida que achavam ser a real, mas que na verdade era só um artifício que a Ilha criou para que todos se descobrissem individualmente.
Mas e o Desmond? Bom, pra mim ele morreu quando o veleiro que ele pegou pra dar a volta ao mundo passou na tempestade que levou ele até a ilha. Daí quando ele acordou lá, já era mais um morto e nem sabia.
E as pessoas que morreram ao longo dos capítulos na Ilha, como a Juliet, a Shannon e o irmão dela? Note que apenas as pessoas que morreram decorrentes de bons atos ou de algo que estava além das suas possibilidades apareceram nesse plano superior. O Michael não apareceu porque ele se mostrou um grande miserável, não merecia redenção. Os que morreram sendo pessoas más ou que fizeram alguma maldade, quando morriam na ilha, morriam pra valer, sem chance de volta. O Ben foi exceção à regra, que no final se salvou e mostrou que consegue ser um cara relativamente bom.
Outra coisa, as pessoas só foram recobrando suas lembranças sobre o que tinha acontecido na ilha (quando estavam lá na vida alternativa) na medida em que iam se libertando na ilha. Tanto que o último a aceitar suas lembranças foi o Jack, uma vez que este foi o último a se libertar da ilha. Foi preciso o falecido pai dar a boa nova pra ele, Alowwww, filhote, você ta morto benhê.
E o Hurley e o Ben? Bom, pra mim, na hora que eles beberam da tal água eles adquiriram as mesmas prerrogativas que o Jacob tinha, de ir e vir a qualquer tempo e qualquer plano, material ou espiritual. E porque o Jack não passou por isso já que ele também bebeu da água? Bom, ele bebeu da água antes da fonte secar, uma vez que secou, assim como o Locke Homem de Preto Monstro de Fumaça, ele perdeu seus super poderes. O Hurley que era o novo Jacob passou a bengala para o Ben (que bebeu da água depois que a fonte encheu novamente) daí uma das causas para ele não ter entrado na tal igreja. Ele teria coisas a resolver.
Os mortos (no meu conceito) que iam chegando na ilha ao longo dos séculos era atraídos por Jacob, na tentativa de encontrar alguém que provasse para o Homem de Preto que ainda existe honestidade, lealdade, bondade, etc no ser humano. Os que até então estavam lá não tinham servido muito bem para o propósito, daí a conversa de Candidatos.
Com esse pensamento não há mais a necessidade de dar respostas pra uma série de coisas, como: de onde veio o urso polar? Como assim um monstro de fumaça que reencarna nos corpos de indivíduos mortos? Como assim a ilha tem um botão que faz ela mudar de lugar?
Pra que responder isso tudo se na verdade não passava de uma experiência que os já defuntos deveriam passar para se libertar??? Faz todo sentido gente! Fala sério! Faz muito sentido.
E a mãe do Jacob e do homem de preto? Ela era a guardiã inicial (o São Pedro que determina quem sobe e quem desce) até passar o cajado pro Jacob... e por aí segue.
Lost ainda vai dar muito pano pra manga pra quem quiser assistir, e muita discussão é claro.
Mas o que importa é que eu gostei. Inclusive do final.
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