02 abril, 2012

Não procure respostas...

Num momento em que tantas dúvidas assolam meu caminhar eis que acho esse texto que abaixo irei transcrever.
E eu me lembrei que há muito tempo, quando eu ainda nem conhecia nenhuma palavra, eu ja gostava das passagens de Jó. A fé e a força são pilares necessários para que as estruturas não se abalem por ventanias ou até mesmo por tsunamis.
E de tudo o que está escrito nesse texto me apego principalmente ao final (é longo eu sei, mas vale a pena) em que leio "Enquanto você fica preocupado com o que Deus está fazendo ou não em sua vida, lembre-se: neste momento de silêncio ou de perguntas, você faz o melhor que você poderia está fazendo, você está crescendo. Paz!". Não poderia ser melhor.

Segue o texto, vindo diretamente de http://silverioperes.wordpress.com/



"Afinal de contas este foi o discurso de Jó em todo seu livro. “Deus não tinha razão e nem o direito e fazer isto comigo. Afinal eu estava adorando-O, fazia meus sacrifícios e até pelos meus filhos quando voltavam de suas festas. Deixava claro a todos a minha fé, ajudava as viúvas, meditava Nele e nos seus mandamentos. Ele não tinha o direito de fazer isto comigo: como se não bastasse tudo que me ocorreu: perda dos filhos, dos bens, amargura de minha mulher, ainda tem estes três sujeitos aqui, que se dizem meus amigos para me acusarem de pecado, de que estou sofrendo tudo isto aqui por causa do meu pecado, que basta que eu me arrependa que Ele me trará tudo de volta, esta enfermidade que não me deixa! Deus se esqueceu de mim! Subirei até o Trono de Altíssimo e mostrarei a Ele que Ele se enganou a meu respeito, eu não merecia isto!” (Jó 1 a 38).

Você já se imaginou na pele deste Guerreiro de Deus, deste verdadeiro adorador, que por muito tempo andou com Deus em sua força, mas Deus queria Se revelar a Ele como Ele era: O Verdadeiro, o El Shadai, O Deus da graça, O galardoador dos que os buscam. Jó era íntegro naturalmente, conhecia o caminho da sinceridade, era honesto, direito, bom pai e esposo, trabalhador e temente a Deus. Jó conhecia os mandamentos de Deus, conhecia os princípios do Trono, sabia reconciliar-se com Deus através dos sacrifícios de animais – como entendia a humanidade antes de ser revelado que o verdadeiro Cordeiro estava por vir – e veio. Quantos de nós estamos como Jó? Guardando as devidas proporções – pois este tinha uma capacidade de resiliência fora do senso comum. Quantos não estamos servindo a Deus através de entendimento de desempenho apenas e não estamos entendendo as profundidade de Deus? Há muito mais de Deus para se conhecer. O caminho para conhecê-Lo, a Trindade Majestosa, é às vezes dolorido para carne. Nossa carne é antagônica a Deus, ela é paradoxal. Ela quer determinar o que é Deus, ela que definir como Deus é, entende? Queremos seguir fazendo nossas teorias sobre Deus, nossas teologias próprias. Toda humanidade é um teólogo amador por excelência. Determinamos o que Deus pode fazer, o que não pode. Quem Ele deve defender, quem Ele deve amaldiçoar. Quem Ele deve deixar viver, quem Ele deve matar. Nós mandamos em Deus. Eu conheci uma família que achava que Deus estava ao serviço de seus mandos; “se Deus não fizer assim, não serve para mim”. Interessante que eu nunca vi um pedido de oração respondido por Deus para aquela família. Eles não pediam, eles mandavam. Você que está me lendo entenda: A sabedoria de Deus é mais profunda que um oceano além da nossa. O entendimento de Deus é mais vasto que o universo além do nosso. Quando você pensa, Deus já está anos luz de seu pensamento. Enquanto você conversa com seu terapeuta para se compreender, Ele já foi ao âmago de seu inconsciente, Ele te conhece mesmo antes do pensamento vir a sua mente.

O silêncio de Deus perturbava Jó e seus amigos. Deus não falou até o capítulo 38, e quando Ele falou Ele não respondeu nenhum dos questionamentos de Jó, nem dos seus amigos. No capítulo 38:2 Deus diz: ” prepara-se como simples homem para me responder”. Ao invés de Deus detalhar, responder, Ele simplesmente não o faz. Deus sempre pergunta onde supostamente deveria responder, Jesus fazia isto com seus interrogadores. Ou Deus fica em silêncio esperando que este os ensine, porque o silêncio ensina muito quando estamos cheios de teoria. Deus deixa-nos esvaziar para depois intervir, e quando intervém Ele geralmente faz perguntas e não responde questões. A mente humana está acostumada com o padrão humano de perguntas e respostas. Nós queremos respostas, Deus nos faz mais perguntas. Nós queremos palavras, Deus nos dá silêncio. Por quê? Você, eu e todos queremos “fast-food”: Deus banquete, transformações. Repostas não transformam, perguntas sim, silêncio sim. Eles nos levam para o caminho de nós mesmos, para as partes mais escondidas em nós. O silêncio de Deus entra como um facho de luz, e as perguntas de Deus como uma espada cortante. Deus nos deixa o tempo que for preciso sem respostas e sem palavras até que as alcancemos pelo entendimento espiritual, pela profundidade de nós mesmos, pelo desatar de nossos nós da existência.

Jesus não responde a João Batista se Ele era o Cristo, Ele deixa os discípulos de João verem com seus próprios olhos o que Ele fazia. Ele não responde aos fariseus com as pedras na mão para matarem aquela mulher, ele lhes faz a mais cortante pergunta, tão cortante que as pedras caíram.

Enquanto você fica preocupado com o que Deus está fazendo ou não em sua vida, lembre-se: neste momento de silêncio ou de perguntas, você faz o melhor que você poderia está fazendo, você está crescendo. Paz!"

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