28 janeiro, 2013

Quando estamos fazendo amor??

Aí que eu tenho um colega que é um cara assim digamos bonitão (o corpo dele é legal). Ele já não é nenhum garotinho, tem lá seus 40 e poucos. Mas não era isso que eu ia falar, o fato é que ele é um cara do tipo pegador, daqueles que tem muuuuuitas mulheres na cola e dá as devidas assistências, mas sem compromisso com nenhuma delas (exceto com a esposa. Rá!).

Daí que ele é daquele tipo que cadastra no celular o nome das mulheres com nome de homem, sabe como é?!?! A Joana tá ligando, mas a chamada é do João. Cretinice da grossa, convenhamos, mas segundo ele é bom pq nenhuma delas fica enciumada ao ver o telefone tocando.

Mas também não era disso que eu ia falar, eu ia falar é que ele trata todas por Meu Amor (pro caso de esquecer o nome) e que pra ele com todas ele FAZ AMOR.

Direto temos discussões acaloradas sobre como eu acho isso ridículo afinal pra mim a gente faz amor é com quem ama e não com qualquer vagabunda que conhece nas quebradas da vida ele disse que pra ele não tem distinção entre transar, foder ou fazer amor, ele sempre faz amor pq é um ato de intimidade e blá blá blá (não me convence nunca!).

Acho isso podre, pq na minha concepção existe uma diferença gritante, tanto de com quem se faz cada ato, também como agir e o que falar em cada um deles. Eu sou bobinha mesmo e romantizo as coisas as vezes.

O lance é que esse é o papo perfeito para discussões hilárias em mesa de bar. Daí dia desses estávamos lá mais uma vez colocando os prós e contras de quando era uma coisa quando era a outra.

Lá pras tantas o Esposo mandou a letra:
- a verdade é que se enquanto você estiver la na atividade pensar em c* já não está mais fazendo amor.

Nisso todos nos viramos pra ele com cara de como assim e eis que ele dá a explicação:
- Eu li uma vez no falecido cocadaboa.com um artigo sobre qual a diferença entre essas 3 situações, transar, foder e fazer amor e que em suma se o cara pensar em comer o c*, ou passar a mão, ou sei la, qualquer coisa que envolva o nigucinho alheio já deixou de fazer amor e se enquadrou em umas das outras categorias.

Nos rimos até porque um outro colega que estava na mesa conosco fez uma cara de paisagem, de quem estava refletindo sobre alguma coisa assim muito densa, esperou todos fazerem silêncio e mandou: Poxa... quase 30 anos de estrada e acho que eu nunca fiz amor.

hauhauhauhauhauahuahuahuahau gargalhadas eufóricas e acoolizadas a parte, no outro dia o esposo me manda o link com o tal artigo e abaixo transcrevo.

Você sabe se anda “fazendo amor”, “transando” ou “fodendo”? É óbvio que existe uma grande diferença entre cada uma dessas modalidades, mas é preciso definir claramente os limites. Quando uma termina e a outra começa?

A sexologia teria o potencial de ser algo deveras interessante, capaz de proporcionar debates inflamados dos mais altos ciclos acadêmicos até a mais popular mesa de boteco. Mas infelizmente quando pensamos em grandes sexólogos brasileiros, os nomes que nos vêm à cabeça são Jairo Bauer e Marta Suplicy. Assim, não dá nem para começar uma teoria com um mínimo de credibilidade.

Felizmente Deus, através de sua maior criação, a Internet, vem possibilitando que pessoas como eu, dotadas de uma inteligência acima da média, acumulem uma bagagem sexual respeitável e, como se isso não bastasse, esta mesma Internet nos deu o poder de transmitir esta experiência para dezenas de milhares de leitores tão curiosos quanto desocupados.

A base de qualquer ciência é a terminologia. Antes de abrir o terreno para elaborar uma teoria mais profunda é preciso deixar claro o que as coisas significam. Com sexo não é diferente, pois está claro que a maioria das pessoas não tem a menor idéia do que andam praticando por aí. Pergunte-se, caro leitor tão curioso quanto desocupado: Você sabe se anda “fazendo amor”, “transando” ou “fodendo”?

“Transar” é o básico. É a modalidade que ocorre na grande maioria das relações sexuais. “Foder” e “fazer amor” são os desvios. Cada um com maior ou menor intensidade de devassidão, respectivamente. Se imaginarmos a prática sexual como uma curva estatística (me formar em economia serviu para algo), ela certamente assume a forma de uma curva normal com desvio padrão igual a 1...

Até aí, nada de complicado. Mas a situação muda de figura quando pensamos nos fatores que determinam o tipo de modalidade sexual que está sendo praticado. Isto não depende apenas de “como” o sexo está sendo feito, mas também de outras condições, como “onde”, “quando” e “com quem”.

É impossível “fazer amor” no banco traseiro de um Fiat Pálio. Neste local pode-se apenas “transar” ou “foder”. Assim como ninguém “fode” com a esposa depois de ter tido filhos. Com ela só se “faz amor” ou “transa”.
Enfim, podemos enumerar uma longa lista de situações, para dar a dimensão de que o espectro de definições pode ser tão amplo quanto tênue.

Não dá para “fazer amor” em um ambiente com uma temperatura superior a 30 graus Celsius. Aliás, quanto maior a temperatura, mais difícil “fazer amor”, pois a presença de qualquer gota de suor durante o ato o desqualifica como “fazer amor”. Ninguém “faz amor” após beber cerveja, o ideal é vinho ou qualquer outra bebida mais requintada. O uso de camisinha ou qualquer brinquedo sexual também elimina completamente a possibilidade de ter “feito amor”. Não se “faz amor” sem um som romântico ao fundo, que não necessariamente deve ser uma música do Kenny G. Este som também pode ser a lenha crepitando com o fogo de uma lareira ou o barulho da chuva caindo lá fora.

Aliás, existir um “lá fora” é quase que essencial para “fazer amor”, pois a única possibilidade de se “fazer amor” ao ar livre é no campo, sobre um gramado levemente úmido de orvalho, protegido pela sobra de alguma árvore de madeira de lei e após um piquenique onde obrigatoriamente foi servido vinho, sem esquecer de um som romântico ao fundo, como o canto de cigarras ou de passarinhos.
E, finalmente, o mais óbvio: é impossível “fazer amor” com alguém que você não ama. E quando digo “ama”, me refiro a amar de verdade, e não aquele “eu te amo” fajuto que muita gente solta depois de gozar, na esperança de rolar um cu no segundo tempo. A propósito, qualquer possibilidade de “rolar um cu” no segundo tempo também implode a chance de você estar “fazendo amor”. “Fazer amor” e “cu” não combinam, salvo em raríssimas relações homossexuais masculinas. Mas também, o grau de fatores para qualificar uma relação homossexual masculina como “fazer amor” é tão exigente que é mais fácil esperar a próxima passagem do cometa Halley.

Como visto, “fazer amor” é algo extremamente difícil, pois a violação de qualquer um destes elementos faz com que o ato seja imediatamente rotulado como “transar”. Tão difícil que o ato de “fazer amor” raramente é documentando, pois a presença de qualquer câmera fotográfica ou filmadora descaracterizam o ato de “fazer amor”. “Fazer amor” gravado, só encenado em filmes românticos e olhe lá.

Vejamos agora o outro limite, ou quando você deixa de “transar” e passa a “foder”. O jeito mais cartesiano de exemplificar isso é com o número de dedos evolvidos nas preliminares. Se você enfia até dois, está “transando”. Conforme mais dedos são adicionados, três, quatro, cinco ou até o punho, a possibilidade de estar se iniciando uma foda aumenta mais do que proporcionalmente. O mesmo raciocínio se aplica ao número de pessoas envolvidas. Dois normalmente transam. Conforme mais pessoas entram na equação, a probabilidade de estar fodendo também aumenta mais do que proporcionalmente.

Cu no final, transa. Cu já na preliminar, foda. Tapinhas na bunda, transa. Tapa na cara, foda. Gozar em uma área inferior ao meridiano que atravessa os mamilos, transa. Gozar acima disso, foda. Se você mal sabe dizer o nome da pessoa com a qual está praticando o ato sexual, pode estar transando ou fodendo. Mas se você mal sabe dizer o sexo, certamente está fodendo.

As situações são incontáveis, mas estes exemplos já são constituem uma excelente base para tentar qualificar a grande maioria dos atos sexuais. Quanto mais variações você imaginar, mais facilmente você passará a enxergar as coisas.

Faça este exercício com a sua parceira ou ainda na conversa descontraída com os amigos. Com a terminologia na ponta da língua, mas aptos ficaremos para elaborar teorias de sexologia que realmente interessam.

MrManson


Claaaaaaaaaaaaaaaro que isso não é nenhuma verdade absoluta, mas da pra tirar algumas conclusões, por exemplo, depois de ler tudo e fazer algumas analogias eu vi que em raríssimas ocasiões eu fiz amor ou fodi. Só tenho é transado mesmo que sem graça.

Esse post longo aí acima tem gráfico e tudo mais e ta lá no http://www.cocadaboa.com/arquivos/008777.php.

Esse site era muito legal, nem sei se ainda está ativo, mas sinto falta de algumas coisas que eles promoviam, como por exemplo o bolão pé na cova. Bons tempos de cocadaboa.

5 comentários:

Cristiano disse...

Cocadaboa primórdios de 2003?

Silvinha disse...

Antes disso até Cristiano. ;)

Luana disse...

Como eh que eh? Quando tem o kooh nao tem amor? hahahahhahaa

HAHAHAHAHAHHHHAHHAH

Silvinha disse...

Diz "o povo" que não, Luana. hauauhauha eu ri dessa bobeira viu, principalmente do jeito cartesiano de exemplificar!

Inaie disse...

eu adorei as explicaçoes, agora poderei usar a terminologia correta quando me referir ao assunto. E na dúvida, mostro o gráfico!